Guia Definitivo dos Sistemas de Extração de Fumos

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FUMOS DE SOLDA: OS VILÕES


Muitas indústrias, nos dias de hoje, trabalham com soldagens, um processo eficaz que possui um alto custo benefício. O que muitos gestores não sabem é que, por causa disso, as indústrias são consideradas uma das maiores responsáveis pela poluição no mundo. Desconhecendo esse fato, algumas se tornam indiferentes a sistemas de prevenção ao meio ambiente e, principalmente, à saúde de seus trabalhadores.

A soldagem, sendo um processo industrial, emite substâncias de alto grau tóxico, que se originam a partir de uma espécie de pó.

Uma vez que um profissional inala esse pó, ele acaba se tornando suscetível a contrair uma doença. A empresa, por sua vez, prejudica sua produtividade, o que influencia no lucro, e compromete sua mão de obra, podendo causar custos, bem como atrasar o processo de elaboração do seu produto.
Esse pó tóxico é conhecido como fumo de solda que, durante o processo de soldagem, é liberado por meio da vaporização do metal de adição e constituído por toxinas poluentes. Logo em seguida, o vapor se resfria, se condensa e entra em reação com o oxigênio presente no ambiente. Toda essa reação química tem como produto uma série de partículas muito finas, e quanto mais finas, mais tóxicas.

Nos dias de hoje, as indústrias fazem uso de diferentes materiais químicos para a soldagem. Entre eles se destacam o níquel e o chumbo. Esses dois elementos facilitam, e muito, as chances de adquirir uma doença, já que são altamente tóxicos

O níquel, por exemplo, é usado em metalúrgicas de minérios arsenicais, configurando-se, nesse caso, como insalubre em grau médio.

O chumbo, que também pode ser usado para esse fim, possui insalubridade em grau máximo quando usado como componente de outros produtos.

Entre esses produtos, se destacam a fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, unguentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo. A fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas, contendo compostos de chumbo, também possuem alto grau de insalubridade.

Os gases liberados nesses exemplos e em tantos outros casos, também, podem ser os vilões da saúde humana e ambiental. O ozônio e o dióxido de carbono são exemplos disso.
Esses gases são os mais comuns liberados durante o processo de soldagem e precisam ser completamente exauridos. Se a sua exaustão não for adequada, as chances de adquirir uma doença podem ser ainda maiores.
 

COMO FUNCIONA UM SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE FUMOS

Existem muitas ações que auxiliam na extração de fumos de solda. Um sistema de filtragem, por exemplo, é um dos métodos mais eficazes para implementar em uma indústria. Nesse caso, a exaustão local é a solução que ajudará muitos gestores a controlar o nível de poluição do local de trabalho. Esse sistema é capaz de captar os gases tóxicos direto na fonte e remover o ar contaminado, filtrando antes de ser expelido, por meio de um ventilador.

Alguns estudiosos especialistas no assunto explicam que todo o processo funciona por causa de um captor.

Isso porque ele é o dispositivo responsável por promover a captura dos poluentes através de uma corrente de ar. Essa corrente, no entanto, necessita de uma determinada velocidade para que o captor possa cumprir seu objetivo.

O captor, juntamente com o sistema de dutos, o ventilador e o sistema filtrante de controle de poluição de ar, forma as quatro partes principais de um exaustor de fumos de soldagem. Cada uma dessas peças é imprescindível para o bom funcionamento do equipamento.
Desse modo, vale ressaltar que a manutenção deve ser periódica, a fim de evitar futuros problemas.
Garantir a execução perfeita de um exaustor de fumos de solda é assegurar a boa saúde dos profissionais da sua empresa. Para isso, é preciso seguir sempre os conceitos da engenharia ao implementar um sistema para exaustão de fumos.
 

DOENÇAS CAUSADAS PELOS FUMOS DE SOLDA

Os processos de fabricação dentro das indústrias, muitas vezes, geram riscos à saúde do trabalhador, e um desses responsáveis é o fumo de solda, que, inegavelmente, é o agente principal por causar ou desencadear inúmeras doenças.
As partículas liberadas pelos resíduos industriais de produção podem ser inaladas pelos trabalhadores e, uma vez alojadas dentro do organismo (no pulmão, principalmente), tendem a maximizar os riscos à saúde do trabalhador

Essas doenças poderiam ser evitadas por meio de técnicas e cuidados simples, caso houvesse um planejamento e um sistema de extração de fumos eficiente. As doenças mais comuns estão ligadas, principalmente, ao sistema respiratório.
Uma das mais comuns é a asma, que é uma doença inflamatória crônica relacionada às vias aéreas. Ela ocorre quando há inflamação dos brônquios, fator que acaba por reduzir a passagem de ar nos pulmões. A asma pode causar tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito.

Ainda associado ao pulmão, o câncer nessa região é outro dos problemas causados pelas partículas de fumos de solda. De maneira geral, o câncer de pulmão caracteriza-se como um tumor, em que suas células malignas crescem de modo desordenado e sem organização, correndo o risco de levar a pessoa à morte.

Outras doenças pulmonares são frequentemente desencadeadas. A bronquite, por exemplo, que consiste na inflamação da mucosa da traqueia e dos brônquios, é uma delas.
O enfisema pulmonar, a pneumonia e a tão temida tuberculose também fazem parte dessa lista.

Engana-se quem pensa que somente o pulmão pode ser afetado. O coração, também, pode ser acometido. Nesse caso, quando as artérias, que são responsáveis por levar o oxigênio ao principal órgão do sistema circulatório, são obstruídas por um coágulo de sangue, um infarto pode ser desencadeado.

Além dessas doenças, outros problemas como a infertilidade, que está relacionada à dificuldade de reprodução, podem ser causados. De forma exposta, a dermatite alérgica, também, é uma complicação. Quando em contato com uma substância irritativa, a pele pode desenvolver uma reação alérgica nada agradável a quem foi submetido a essa exposição.

Por isso, é importante pensar que o cuidado com a saúde do trabalhador é uma tarefa conjunta entre ele e a empresa. A prevenção sempre será a melhor medida e o que garante isso são as corretas condições de trabalho adotadas pelo empregador.
 

A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE FUMOS

Quando se pensa em prevenção, deve-se associar imediatamente a um planejamento de como impedir futuros problemas. As organizações internacionais de saúde reconhecem a importância da prevenção aos riscos potenciais à saúde representados pelos fumos de solda e pelos gases emitidos nos processos industriais. Algumas leis e regulamentos têm significativamente aumentado seus níveis de exigência em todo o mundo. Alguns países têm regulamentação específica no que se refere à redução e ao controle da exposição dos trabalhadores aos fumos de solda.

Estes regulamentos limitam os níveis de concentração máximos das substâncias a que os trabalhadores podem estar expostos, que são definidos em ppm (partes por milhão) ou em mg/m3 , em geral como uma média durante a jornada de trabalho e também valores máximos de pico a qualquer instante.

No caso dos fumos de solda, é de consciência geral que a sua poluição é uma das maiores preocupações de ambientalistas e, devido a tudo que já vimos até aqui, de gestores de grandes indústrias. Sabendo que durantes os processos industriais, produtos tóxicos são lançados no meio ambiente, seja em forma de vapor, poeira ou gás, e que podem causar danos até mesmo irremediáveis, algumas precauções são imprescindíveis
 

A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE FUMOS

Toda empresa tem o dever de se preocupar com a saúde de seus empregados. Encontrar soluções e seguir algumas normas é a melhor maneira de garantir a integridade dos trabalhadores.

A NR 9, por exemplo, implica na obrigatoriedade de as empresas elaborarem e implementarem o “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais” (PPRA). Essa norma tem como finalidade a preservação da saúde dos funcionários e sua integridade; isso por meio de controle dos riscos ambientais que possam existir no meio industrial, preservando o ambiente e os recursos naturais. A NR 9 abrange todas as questões químicos, físicos e biológicos que existem no setor. Os profissionais que se enquadram nos requisitos elaborados pela empresa, possuem maior segurança e tendem a exercer um melhor desempenho. 

A NR 15, por sua vez, especifica as atividades insalubres, que não devem ser executadas pelos trabalhadores. Na seção que consta o anexo 11 “Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção do local de trabalho”, o texto apresenta uma organização com os níveis de exposição de cada atividade e sua insalubridade, assim como os limites de inalação dos elementos presentes no decorrer da prática. Por exemplo, a norma estabelece que o volume de concentração mínima de oxigênio em ambientes de risco esteja em 18%. Se estiver abaixo desse nível, caracteriza-se como risco grave ao ambiente de trabalho. Nesse caso, a empresa deve pagar o adicional de insalubridade aos profissionais em exercício. Por isso, é de extrema importância a análise dos elementos presentes no ambiente e o grau de insalubridade de cada um.

Ao estudarem essas normas, os gestores devem levar em consideração, principalmente, os componentes presentes nos fumos de solda metálicos, como aqui já dito, os principais poluentes do meio ambiente. No processo de soldagem, os metais mais comumente encontrados que podem afetar a saúde dos trabalhadores são o ferro, o cobre e o alumínio. Além deles, existem também o níquel, o cromo, o cádmio, o zinco, o manganês e o chumbo. Mas não somente metais podem ser encontrados nesses ambientes, mas também gases como o ozônio, o óxido de nitrogênio e o dióxido de nitrogênio. Vale ressaltar que cada um desses elementos possui metodologias específicas e particulares de análise.
 

CUIDADOS QUE O TRABALHADOR PRECISA TER NO PROCESSO DE SOLDAGEM​​​​​​​


A profissão de soldador é uma das mais importantes e requisitadas da indústria. Apesar das novas tecnologias, o profissional dessa área está em constante exposição ao risco no seu trabalho, seja com o calor, projeção de materiais, poeira, inalação de fumaça, ruídos, entre outros: 
Diante desse cenário, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é um fator indispensável no quesito segurança no trabalho e merece uma atenção especial quando o assunto é saúde e prevenção de riscos no ambiente de produção industrial.

O EPI para o trabalho de soldador é fundamental, pois, durante o processo de soldagem, o profissional está exposto a sofrer diversos problemas, como acidentes de trabalho, que variam desde queimaduras leves até cegueira. Dessa forma, é imprescindível que se busque sempre por proteção para prevenir de possíveis lesões, por exemplo, nos olhos, na pele e inalação de gases. É de extrema importância que os profissionais que trabalham com solda não executem suas tarefas em locais isolados ou confinados sem o auxílio de um outro trabalhador da área ou vigia, que esteja sempre alerta, assim como é dito na NR 33.
​​​​​​​Outro fator importante é que o trabalhador que estiver auxiliando deve estar equipado com os mesmos equipamentos de proteção individual que o próprio soldador. A prevenção de riscos à saúde é uma tarefa conjunta, em que as medidas para melhorar a saúde do trabalhador do setor industrial vão desde o uso de equipamentos até a manutenção do ambiente, por meio da ventilação industrial, até extração de fumos de solda. Seguir os procedimentos de segurança e as Normas Regulamentadoras, tanto para os equipamentos de proteção quanto para a extração de fumos de solda, é outro importante fator a se levar em consideração.